São quase oito da noite e estou a dar cabo de uma caixa de bolos da Versailles.
O Zé Eduardo diz que não percebe como é que eu não engordo com tanto bolinho húngaro (adoro!) com recheio de geleia, eu acho apenas que o meu corpo responde da mesma maneira que os soutiens ao peito da Pamela Anderson - adapta-se às circunstâncias. O Zé não percebe o trocadilho e diz que tem de desligar o telefone porque a empregada brasileira ainda não voltou do Sarau na Casa da América Latina e está em casa com os miúdos sem qualquer apoio emocional. Depois do incidente de ontem com os peixes acho que agora vão atacar o porquinho da Índia. O Zé diz que não o vê há semanas e que as crianças estão convencidas que hibernou fora de época, assim como os jogadores de futebol nas praias de Vilamoura. Eu faço figas para que o porquinho tenha sobrevivido às lições do Dr. House do Rodrigo e não tenha ido desta para melhor. E acabo o último bolo. Ora bolas, ainda agora estava a começar e já estou sem nada para trincar. Abro o frigorífico e dou de caras com duas gelatinas. Acho que prefiro Ursinhos da Haribo. Bem, desligo o telefone e vou ver televisão que os telejornais hoje prometem. Acho que a Espanha é campeã mundial de futebol. Ou é isso ou houve manifestações gigantescas de apoio ao Ronaldo para Presidente em Madrid. Ah, e tenho o gato da vizinha no parapeito a olhar cá para dentro, daí o título da mensagem...não estou assim tão imaginativo...
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